quarta-feira, 13 de outubro de 2010

pavilhão_anti-positivista






           
            Após um longo dia de trabalho, estava eu voltando para casa quando me reparo com algo estranho. O que seria aquilo? Um monumento? Arte abstrata? Pensei comigo por um tempo, mas a resposta realmente não me veio à mente. A curiosidade tomou conta de mim e desloquei-me mais perto daquele objeto. A dúvida que me vinha na cabeça nesse momento era se era permitido entrar ou não.
            Num momento em que a circulação de pessoas na rua estava parada, adentrei-me ao objeto. As formas, cores e alguns objetos pelo espaço me deixaram mais confuso ainda. Para tentar entender algo, comecei a observar em volta, onde o objeto estava inserido. Localizei! Era o jardim externo na Escola de Arquitetura da UFMG. Mas num primeiro momento isso não soou como algum tipo de resposta para mim. Adentrei-me novamente no objeto, mas me remetendo a arquitetura. Daí aquele local da qual eu estava começou a ter mais sentido, que embora fosse diferente e inusitado, fazia parte de forma direta ou não da Escola de Arquitetura.
            Mas porque deixá-lo na rua, sendo que os vândalos são algo freqüente em Belo Horizonte? Pensei novamente comigo; a arquitetura remetia ao objeto em si, mas o que a Universidade tinha a ver com aquilo? Depois de algum tempo, me veio em mente que a UFMG é uma universidade pública, sendo assim, uma universidade “de todos”. Pronto! Se a universidade é para todos, nada mais justo deixar aquele objeto a mercê do público para interagir com o mesmo. Essas conclusões só vieram a minha cabeça, porque tive a curiosidade de “desvendar” aquele objeto inusitado.
            A partir desse dia, comecei a andar nas ruas com outro olhar e comecei a perceber que existem vários “objetos estranhos” pela cidade, mas que não valerá a pena eu citar aqui, pois são muitos e cada pessoa desvenda do seu modo.

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